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RENATO PEREIRA

ACHA ISTO JUSTO?


SÃO AS MIGALHAS,
OS SACRIFICIOS,
OS AFORROS
E AS POUPANÇAS
DOS POBRES,
que fazem as FORTUNAS dos Banqueiros...

EM ÉPOCA DE CRISE,
sempre são sacrificados os pobres poupados
em beneficio dos ricos afortunados…
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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

CORTIÇA AO LUAR

LUAR DA NOITE DE POESIA
Luz incompleta do frio quente
afago de relento sedento
brisa marinha sem cheiro
nem cor
Moiro encantado de preguiça
Seus ais de lamentos eriça
Lá da torre minante da cavalariça
entalado com a rolha de cortiça
Ah zarolho Camões que falta fazes
estes lusos de agora são rapazes
que se vergam disformes
em esgares soturnos...
"POESIA INCONTINENTE" - inédito- por N'gola Gome

a minha terra

QUEM ME DERA
Quem me dera estar agora
na cidade onde nasci
de onde cedo eu parti
mas que minha alma adora
Queria ver-te do Candombe,
da Serra do Uige também
e diria a essa hora:
continua que vais bem !

Julgas que eu te esqueci
óh terra onde eu nasci ?
Embora pequeno partisse
muito bem de ti me lembro
Quem me dera oh cidade
de novo dentro de ti estar
e o lugar onde nasci visitar
e por momentos matar
óh cidade de ti a Saudade...
Luanda. 08.01.1975
Renato Gomes Pereira (N´gola Gomes)

fuzilados

QUEM MATOU ?
A terra não bebeu o sangue
de quatro homens mortos, fuzilados!
As rosas de porcelana choraram
pela Vida assassinada.
O café, o algodão, as palmeiras
a terra nossa vermelha
será manchada pela vergonha
de ter morto sem justiça !
Mas de longe para me ouvirem grito
Não foi a nossa terra quem assassinou!
Foram aqueles que a ocupam,
que a exploram!
Foi um Imperialismo!

ngola gomes - Póvoa de Varzim 15 de Julho de 1976

A CARTA

Uma Carta de 1976
_________________
Póvoa de Varzim,11 de Abril de 1976
Director da Voz do Desalojado
Sou angolano, filho de pais portugueses, e tenho dezassete anos o último dos quais passei e passo aqui neste quase exílio forçado.Como vês sou tão novo, tão novo como tantos outros que carregam armas às costas, tão novo como aqueles que se drogam,tão novo como muitos irmãos meus e teus que fruto de uma descolonização neocolonizadora foram atirados para o cesto de Portugal onde assim como eu apodrecem no dia a dia e choram o tempo passado...mas no fundo depois dos tormentos e das calcinações de uma guerra injusta -como o são todas as guerras—ainda sabemos amar e perdoar. Mas perdoar não é deixar de fazer Justiça.Pelo menos assim penso eu.Perdoar para mim é fazer justiça a alguém , no entanto não executando vinganças.
Eu gostaria que tu, eu e todos os que cá estamos e que os que lá ainda estão, nas matas ou nas cidades, aqueles que sempre forame ainda o são, estou certo, nossos amigos, eu gostaria que um dia nos juntássemos em exemplo ao mundo que a guerra não compensa e que a Fraternidade Humana vale tanto e até mais do que as vidas que se perdem pelo mundo fora vitimas das balas assassinas dos seguidores bélicos de Hitler.
Tal como eu tu sabes como é a Guerra ou melhor sabes qual é o carimbo que ela grava nas sociedades humanas onde se germina.
Mas sabes o que é uma criança protestar contra a injustiça humana?
Podes ter a certeza amigo de que um dia o mundo será melhor.
Desculpa-me a “massada” que te dei ao veres esta carta mas eu tinha que gritar e gritei!
Mas também sei que os surdos não ouvem.
Au revoir Irmão
A Verdade Vencerá
renato gomes pereira

POESIA incontinental

PODERÁ
(poema escrito em Luanda a 30-01-1975)
Na mansidão do meu quarto
deitado na cama escrevo
escrevo em pensamento
penso em escrever
e escrevo a pensar

Na mansidão do meu quarto
olho para o que escrevo
e digo logo- mas que pessoa sem jeito
mas o que está feito,está feito.
Mostro a alguém o que escrevo
e lisonjeios recebo
Mas na mansidão do meu quarto
acho-me pessoa sem jeito
Poderá ser qualidade
poderá ser defeito.
Na mansidão do meu quarto...
...escrevo em pensamento,
Poderá ser qualidade
Poderá ser defeito...
renato gomes pereira

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